Esse texto talvez seja duro, ou o mais duro que eu possa ter feito nesse tempo que estou neste site. Contudo, é o que precisa ser escrito e espalhado. Eu fico muito impressionado com o trabalho feito por fãs, criando jogos ou modificando-os. É um fato que empresas criam jogos para lucro, entretanto não são todas que agem assim. Há um sucesso em jogos indies por isso. Não são feitos por empresas grandes, mas por grandes desenvolvedores. É aqui onde separamos os meninos dos homens, como diria aquela marca de refrigerante. Desenvolver jogos por desenvolver e lançar para lucrar, não dá certo. Cyberpunk está aí como exemplo claro.

Quando um jogo é bom e os fãs o modificam para explorar mais do potencial, na maioria das vezes a recepção é negativa por parte da empresa desenvolvedora. Sim, acho desconfortável ver pessoas comuns quebrando códigos e mais códigos para colocar um Shrek no lugar do CJ de GTA San Andreas. Mas, ainda assim, é curioso ver essas modificações. É pitoresco, cômico, um ponto fora da curva. Mas se formos pegar como exemplo, Half Life era um jogo muito famoso de tiro, nos tempos das lan houses. Tão famoso que sofreu modificações e essas modificações viraram o nosso querido Counter Strike. Counter Strike, feito por fãs de tiro, evoluiu tanto que hoje é algo competitivo – como se antes não fosse.
É preciso validar o que é feito por fãs…sempre dá certo!

O outro lado da moeda, é com Pokémon. A GameFreak, empresa que administra a franquia, não larga o osso. Tudo o que eles fazem, visam uma fórmula, que no fim das contas não dá certo. Existe receita de bolo que pede uma colher de chá de fermento químico, tem quem coloque uma colher de sopa. O fator nostalgia, para a GF, é essa colher de sopa. Peca em querer nostalgia para prender trouxas – inclusive este que vos escreve -, pois sabe que em história e inovação vão deixar às favas. Ainda assim, vendem bem. Porém, de 2013 para cá, ainda não tivemos um jogo ambicioso dos monstrinhos de bolso. Uma equipe de desenvolvedores italianos criou, pelo RPG Maker, um jogo dos monstrinhos do zero. Xenoverse é o nome, e é muito bom o jogo. É como desfrutar de um prato feito pela Paola Carosella.
Independente, Pokémon Xenoverse é um exemplo claro do que a franquia pode fazer. Sair das amarras de um jogo infantil, hoje até criança joga Free Fire. Contudo, expandir horizontes é ideal. Veja o que os fãs estão fazendo, modificando, como uma forma de mostrar às empresas onde podem melhorar. Fóruns não resolvem nada, nem reclamar em internet. É, sobretudo, quebrando o sistema que as coisas podem mudar. Talvez se alguém modificar Cyberpunk….ele pode ficar bom!